História do bacharelado

Em fevereiro de 1980, o Departamento de Matemática e Estatística da Universidade Federal do Espírito Santo, através do Of. no 03/80 solicitou a criação de seis disciplinas optativas que permitiriam uma opção em Estatística no Bacharelado em Matemática.
 
Já em forma de processo, com o no 1.474/80, a solicitação chegou à Comissão de Ensino e Extensão do Conselho de Ensino e Pesquisa da UFES, que propôs que o processo, baixado em diligência se adaptasse ao parecer no 870/65 do Conselho Federal de Educação e que fossem apresentadas ementas das novas disciplinas, dando assim uma estrutura formal, não a uma opção, mas sim, ao Curso de Estatística, em nível de Bacharelado.
 
O Departamento de Matemática e Estatística constituiu uma comissão de professores para atender a solicitação e, anexou a Estrutura Didática da criação de um Curso de Graduação em Estatística e o Of. no 262/80 do Conselho Federal de Estatística, sugerindo a criação na UFES de um curso destinado à formação de Bacharéis em Ciências Estatísticas.
 
De volta à Comissão de Ensino e Extensão do Conselho de Ensino e Pesquisa, o relator do processo emitiu parecer favorável à criação do Bacharelado em Estatística e, em reunião realizada no dia 08 de abril de 1981, a comissão aprovou à unanimidade o parecer do relator, bem como o projeto de resolução para aquele fim.
 
Em sessão realizada no dia 13 de abril de 1981, o Conselho de Ensino e Pesquisa da UFES, aprovou a Resolução no 16/81, que criava o Curso de Bacharelado em Estatística. Mas, o Decreto no 86.000 de 13 de maio de 1981, suspendeu a criação de novos cursos de graduação, pelo período de dois anos (até 31 de dezembro de 1982).
 
Em 28 de maio de 1982 o Conselho de Ensino e Pesquisa da UFES, através da Resolução no 05/82, desdobrou o Departamento de Matemática e Estatística do Centro de Estudos Gerais em dois departamentos: o Departamento de Matemática e o Departamento de Estatística.
 
Em reunião do Departamento de Estatística realizada em 03/11/86 (Ata 51a), o chefe do Departamento fez um histórico do processo de criação do Curso de Estatística e sua aprovação no Conselho de Ensino e Pesquisa em 1981. Foi formada uma comissão para rever o processo e sugerir modificações que forem julgadas necessárias, devido a alterações realizadas em disciplinas de matemática que compunham o núcleo básico e a sugestões do Departamento de Física e Química.
 
O processo é encaminhado ao Conselho Departamental do Centro de Estudos Gerais e, em 28/01/87, a relatora do processo, analisa as alterações propostas pelo Departamento de Estatística e os pareceres de outros departamentos envolvidos, e dá parecer favorável à criação do Curso de Estatística. O seu parecer foi aprovado à unanimidade pelo Conselho Departamental do Centro de Estudos Gerais, em 28 de janeiro de 1987. O processo é encaminhado à Sub-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação em 10 de fevereiro de 1987, para ser analisado pelos integrantes do Grupo II de Assessoramento ao Reitor. Em 08 de maio de 1987, a relatora do processo, manifesta-se favorável e recomenda ao Magnífico Reitor a criação do Curso de Bacharelado em Estatística, sendo seu parecer aprovado pelos integrantes do Grupo II, em 03 de julho de 1987. Em 09 de julho de 1987, o Senhor Reitor José António Saadi Abi-Zaid, encaminha o processo ao Conselho de Ensino e Pesquisa.
 
Em 14 de setembro de 1987, a Comissão de Ensino e Extensão do Egrégio Conselho de Ensino e Pesquisa, aprova, à unanimidade o parecer do Relator favorável à criação do Curso de Estatística, bem como o Projeto de Resolução. O Conselho de Ensino e Pesquisa, mediante a Resolução no 29/87, propõe ao Conselho Universitário da UFES, em seu artigo 1o, a criação do Curso de Bacharelado em Estatística, num único ingresso anual; no artigo 2o, aprova o currículo pleno, proposto nos anexos I e II; no artigo 3o, aprova a carga horária total do curso de 2700 horas, a serem integralizadas no prazo médio de 4 (quatro) anos; no artigo 4o, estabelece que os aprovados no concurso vestibular de 1988, sejam matriculados no segundo semestre letivo e, no artigo 5o, encaminha o projeto à Sub-Reitoria Acadêmica para adoção das medidas necessárias à implantação do Curso, as quais vigoraram a partir de 1988/1.
 
Em 30 de setembro de 1987, pela Resolução no 23/87, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo, resolveu criar o Curso de Bacharelado em Estatística conforme a Resolução no 29/87 do Conselho de Ensino e Pesquisa, estabelecendo 20 (vinte) vagas.
 
Finalmente, o Curso de Bacharelado em Estatística da Universidade Federal do Espírito Santo, autorizado pela Resolução no 29/87 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFES, iniciou suas atividades no segundo semestre de 1988. O reconhecimento pelo Ministério da Educação e do Desporto se deu em 22 de agosto de 1994, através da Portaria no 1202.
 
O Curso de Estatística do Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal do Espírito Santo iniciou tendo por objetivos principais a formação de Docentes de Ensino Superior, Pesquisadores e Assessores Técnicos para o exercício profissional nos setores público e privado em que o processo decisório-administrativo, político, social empresarial ou estratégico, requeresse ferramental quantitativo da área de Estatística.
 
Para alcançar seus objetivos, o Curso de Estatística da UFES, procurou organizar sua grade curricular tomando como base a experiência de outros Cursos de Estatística existentes no país com objetivos semelhantes, a saber, a Escola Nacional de Ciências Estatísticas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de São Paulo, entre outros. Também, foi fundamental nessa organização o conhecimento e a experiência dos docentes contratados para ministrarem as disciplinas do curso. Para se manterem atualizadas as fontes que norteiam os objetivos do curso, os docentes foram estimulados a realizarem pesquisas e a participarem ou organizarem congressos e reuniões objetivando o exame e a discussão de temas vinculados ao ensino da Estatística ou, atinentes à evolução desse campo do saber, bem como a promoverem intercâmbios com instituições congêneres, nacionais e internacionais. Os programas de aperfeiçoamento de docentes, tanto em nível de mestrado como de doutorado, também foram direcionados para se atingirem os objetivos do Curso.
Em sincronia com os setores responsáveis pela educação, que expressavam freqüentemente sua preocupação a respeito da adequação do ensino universitário ao mercado de trabalho, os responsáveis pelo Curso de Estatística sempre questionaram a função e o desempenho do mesmo.
A experiência acumulada pelos docentes do Curso sugere que esses profissionais, além de sólida formação acadêmica, devam apresentar outras qualidades, que deverão conjugar harmoniosamente, tais como:
 
 Capacidade de dialogar com especialistas de outras áreas de conhecimento e,
 
 Aptidão para utilizar e adaptar diferentes técnicas, depois de suficiente reflexão no meio de equipes diversificadas de profissionais.

 

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